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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cooperação entre Rússia e França: o foguete Soyuz a serviço do satélite Galileo.

Antenas do satélite do Galileo, o sistema de navegação global europeu.

 Não foi apenas o primeiro vez que o foguete russo foi lançado da área de fora do território da antiga União Soviética, mas também levou a bordo dois satélites europeus, que seriam o início do sistema europeu de navegação por satélite Galileo.

 O russo Soyuz pôs na órbita baixa da Terra dois satélites europeus similares ao GPS, pertencentes ao sistema de navegação Galileo: Tiis e Natalie. O peso de cada um deles é de aproximadamente 700 quilos, e sua vida útil é de 12 anos. Os europeus esperam expandir no futuro próximo o grupo de 30 satélites de navegação.

Soiuz ST
O foguete de categoria média é o mais confiável no mundo, da família dos foguetes R-7.
Número de bases: 3
Comprimento: 51,1 m
Diâmetro: 10,3 m O
Peso inicial: 313.000 kg
Quantidade de lançamentos: 9 (todos com sucesso)
Primeiro lançamento: 8 de novembro de 2004

 A Rússia e a França assinaram um acordo de cooperação e de lançamentos a partir do centro espacial Kourou ainda em 2003, mas um projeto em conjunto revelou-se difícil, e a data de sua implementação foi adiada várias vezes. Primeiro, por causa de atrasos e disputas entre os europeus em relação ao orçamento do Galileo, então foi gasto muito tempo para executar as condições dos russos: o complexo de lançamento em Kourou deveria ser exatamente igual ao centro em Baikonur (Cazaquistão).

 Para recriar quase uma cópia exata dos complexos espaciais de lançamento Baikonur, no Cazaquistão, e Plesetsk, no norte da Rússia, que utilizaram para o lançamento dos foguetes Soiuz, foi preciso limpar uma área de 120 hectares de mata. O comprimento de 700 metros da linha do ramal vem desde a cabine de montagem e instalação de ensaio até a plataforma de lançamento. A base espacial até mesmo cortou a rede de energia externa e capta sua própria energia com geradores a diesel.

 Os obstáculos seguintes tornaram-se um problema, que preocupou o programa espacial russo no verão passado. Após o lançamento mal sucedido da nave de carga Progress com a ajuda da transportadora de foguetes Soyuz, circularam declarações na Europa de que o lançamento a partir do Equador teria de ser transferido. Apesar do fato de o acidente ter ocorrido com outra modificação do foguete, a decisão do lado russo de voltar para o reforço no território da Rússia para uma inspeção detalhada foi adequada.

 Também não foi decidido sem problemas o dia exato do primeiro lançamento, marcado para 20 de outubro. Na base Kourou encontraram-se o chefe da Agência Espacial Europeia, Jean-Jacques Dordain, o diretor geral da corporação Arianspace, Jean-Yves La Gall, o diretor da Agência Espacial Federal Russa (Roskosmos), Vladímir Popovkin, e até mesmo o vice-premiê russo, Serguêi Ivanov. Todos esperaram e se prepararam muito para o evento histórico, mas cerca de duas horas antes do início houve um cancelamento inesperado.

A Arianespace é  a operadora dos lançamentos espaciais a partir de Kourou, na Guiana Francesa. Os principais proprietários da empresa são a Agência Espacial Francesa CNES (34%) e a Astrium (30%), que é 100% "filha" do gigante europeu aeroespacial EADS.
 O evento mais importante na história do espaço teve de ser adiado por um dia. O motivo, segundo a Agência Espacial Europeia, foi um problema com o abastecimento do foguete. Duas horas antes do início do carregamento, o abastecimento interrompeu-se automaticamente. Aqui está o comentário de Jean-Yves Le Gall, presidente da companhia Arianespace, em uma entrevista ao canal de televisão russo NTV sobre a difícil situação: “Durante a fase final do abastecimento de combustível na terceira etapa houve uma queda de pressão no sistema pneumático. Nós registramos uma desconexão não planejada de dois terminais por meio dos quais foi feito o abastecimento do bloco superior do Fregat com oxigênio líquido e querosene”.

 O lançamento ocorreu em 21 de Outubro às 14:30, horário de Moscou, e depois de quatro horas, os dois satélites europeus foram lançados na órbita desejada. Houve sucesso inicial do projeto conjunto.

O futuro projeto em conjunto

 Em breve serão lançados, saídos da base espacial de Kourou, para o espaço três tipos de foguete. Os foguetes europeus Arian serão usados para retirar satélites de telecomunicações de grandes órbitas geoestacionárias, os Soyuz. Levando a sua história desde 1957, irão lançar para o espaço, em órbitas próximas à Terra, veículos de médio porte, e os europeus Vega, que estão com estreia agendada para o ano que vem, levarão em si a entrega de naves compactas.

O projeto "Soyuz em Kourou" (Complexo espacial da Guiana)
Localização - Guiana Francesa, 500 km do Equador
Linha do Tempo - base espacial operacional desde 1968, início da construção do complexo espacial de lançamentos para foguetes russos em 2007
O primeiro lançamento - no dia 21 de outubro de 2011
Custo total do projeto conjunto - 344 milhões de euros.
Custos do orçamento do lado russo - 121 milhões de euros.
O futuro de projeto é de pelo menos 15 anos e 50 lançamentos comerciais.
É esperada receita dos participantes do projeto - de 200 milhões de dólares por ano
Período de recuperação dos gastos do projeto - 5 a 7 anos.
 À Roskosmos, a assistência dos fundos do projeto na Guiana Francesa permitirá financiar seus próprios programas espaciais, e ao operador europeu Arianespace o uso de foguetes russos permitirá cortar seriamente os custos.

 “Os russos têm problemas com a comercialização e o financiamento do projeto Soyuz, e a Arianespace procura com dificuldade dois clientes para abastecimento total dos 'pesados' Arian-5. A cooperação entre a Rússia e a Europa manterá o Soiuz no mercado. A Arianespace vai ser uma espécie de monopólio, o que complicaria a entrada no mercado dos lançamentos comerciais de potencial concorrência, como a China e a Índia, por exemplo”, disse à estação de rádio russa BFM.ru o engenheiro da indústria aeroespacial francês, Othman Nemri.

 O dono da Arianespace, Jean-Yves Le Gall, também vê grandes perspectivas de cooperação com a Rússia. Ele acredita que o uso do Soiuz permitirá que a empresa realize lançamentos mais frequentemente da Guiana: “Isso vai reduzir o custo unitário para lançar o Arian-5, já que os custos de plataformas fixas serão distribuídos por um maior número de partidas”.

 O fato é que os europeus não têm as tecnologias destinadas a colocar em órbita naves de carga de 2,5 a 5 toneladas, e o Soyuz é um meio seguro, confiável e melhor preparado, que corresponde aos dados por completo. De acordo com Le Gall, para criar um similar ao Soiuz, a Europa precisaria de 3 a 5 bilhões de euros, e a construção de uma rampa de lançamentos para foguetes russos em Kourou custa ao todo 400 milhões de euros.

 Além disso, agora os franceses serão capazes de lançar do seu próprio território satélites com um equipamento secreto (por exemplo, satélites agrupados por diretrizes do sistema Galileo). Tais dispositivos não poderiam ser enviados para o Cazaquistão para o lançamento a partir de Baikonur, mas usá-los para lançar alguns pesados Arian seria um desperdício.

Fonte: 
http://gazetarussa.com.br/articles/2011/10/22/o_foguete_soiuz_a_servico_do_satelite_galileo_12711.html

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