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segunda-feira, 21 de março de 2011

Obama planeja armar secretamente rebeldes da Líbia.


Obama pede aos sauditas uma ponte aérea com armas para Benghazi. 

 Desesperado para evitar o envolvimento militar dos Estados Unidos na Líbia no caso de uma luta prolongada entre o regime Kaddafi e os seus opositores, os americanos pediram à Arábia Saudita que fornecesse armas aos rebeldes em Benghazi. O reino saudita, que já enfrenta um "dia da ira" proveniente do 10 por cento da comunidade muçulmana xiita, com uma proibição de todas as manifestações, até agora ainda não respondeu ao pedido altamente secreto de Washington, embora o rei Abdullah odeie pessoalmente o líder líbio, a quem tentou assassinar há pouco mais de um ano. 

 O pedido de Washington alinha-se com outras cooperações militares dos Estados Unidos com os sauditas. A família real em Jeddah, a qual estava profundamente envolvida no escândalo Contra durante a administração Reagan, deu apoio imediato aos esforços americanos para armar guerrilhas que combatiam o exército soviético no Afeganistão em 1980 e posteriormente – para desgosto da América – também financiou e armou o Taliban. 

 Mas os sauditas constituem o único aliado árabe dos Estados Unidos estrategicamente colocado e capaz de fornecer armas às guerrilhas da Líbia. A sua assistência permitiria a Washington desmentir qualquer envolvimento militar na cadeia de fornecimento – muito embora as armas fossem americanas e pagas pelos sauditas. 

 Disseram aos sauditas que os oponentes de Kaddafi precisam de foguetes anti-tanque e morteiros como primeira prioridade para repelir os ataques de blindados de Kaddafi e de mísseis terra-ar para derrubar os seus caças-bombardeiros. 

 Os materiais poderiam chegar a Benghazi dentro de 48 horas mas precisariam ser entregues em bases aéreas na Líbia ou no aeroporto de Benghazi. Se as guerrilhas puderem então avançar para a ofensiva e assaltar as fortalezas de Kaddafi na Líbia ocidental, a pressão política sobre a América e a OTAN – não menor que a dos membros republicanos do Congresso – para estabelecer uma zona de interdição de voo seria reduzida. 

 Planejadores militares norte-americanos já deixaram claro que uma zona desta espécie precisaria de ataques aéreos dos Estados Unidos contra o funcionamento das bases de mísseis anti-aéreos da Líbia, ainda que gravemente esgotados, portanto trazendo Washington diretamente para a guerra ao lado dos opositores de Kaddafi. 

 Durante vários dias, aviões de vigilância AWACS dos Estados Unidos têm estado a voar em torno da Líbia, fazendo contato constante com o controle de tráfego aéreo de Malta e pedindo pormenores de padrões de voo líbios, incluindo jornadas feitas nas últimas 48 horas pelo jato privado de Kaddafi, o qual voou para a Jordânia e voltou à Líbia pouco antes do fim de semana. 

Avião norte-americano com radar Northrop Grumman AN/APY-1/2 AWACS, rondando o espaço aéreo próximo à Líbia* a serviço da OTAN.
Foto:af.mil

 Oficialmente, a OTAN descreverá a presença de aviões AWACS americanos apenas como parte da sua Operation Active Endeavor pós 11/Set, a qual tem vasta autonomia para empreender medidas de contra-terrorismo na região do Médio Oriente. 

 Os dados dos AWACS são transferidos a todos os países da OTAN sob o mandato existente da missão. Contudo, agora que Kaddafi foi restabelecido como um super-terrorista no léxico ocidental, a missão da OTAN pode facilmente ser utilizada para investigar alvos na Líbia se forem empreendidas operações militares ativas. 

 O canal de televisão em inglês da Al Jazeera difundiu na noite passada gravações feitas pelo avião americano para o controle de tráfego aéreo de Malta, em que pedia informação acerca de voos líbios, especialmente o do jato de Kaddafi. 

 Um avião AWACS americano, matrícula número LX-N90442, podia ser ouvido a contactar a torre de controle de Malta no sábado a pedir informação acerca de um Dassault-Falcon 900 jet 5A-DCN da Líbia no seu caminho de Amman para Mitiga, o próprio aeroporto VIP de Kaddafi. 

 Ouve-se o AWACS 07 da OTAN dizer: "Tem informação acerca de um avião com a posição Squawk 2017 cerca de 85 milhas a Leste da nossa [sic]?" 

 O controle de tráfego aéreo de Malta responde: "Sete, isso parece ser o Falcon 900 – em nível de voo 340, com destino a Mitiga, segundo o plano de voo". 

 Mas a Arábia Saudita já está a enfrentar perigos de um dia de protesto coordenado pelos seus próprios cidadãos muçulmanos xiitas os quais, fortalecidos pelo levantamento xiita na ilha vizinha de Bahrain, na sexta-feira, apelaram a manifestações de rua contra a família dirigente dos al-Saud. 

 Depois de despejar tropas e polícia de segurança no província de Qatif, na semana passada, os sauditas anunciaram uma proibição à escala nacional de todas as manifestações públicas. 

 Os organizadores xiitas afirmam que mais de 20 mil protestatários planeiam manifestar-se com mulheres nas linhas de frente para impedir o exército saudita de abrir fogo. 

 Contudo, se o governo saudita aceder ao pedido da América para enviar armas e mísseis aos rebeldes líbios, seria quase impossível para o presidente Barack Obama condenar o reino por qualquer violência contra os xiitas das províncias do Nordeste. 

 Portanto, no espaço de tempo de apenas umas poucas horas o despertar árabe, a exigência de democracia na África do Norte, a revolta xiita e o levantamento contra Kaddafi tornaram-se embrulhados com as prioridades militares dos Estados Unidos na região. 

por Robert Fisk

Fonte: http://www.countercurrents.org/fisk070311.htm 
[*]Fonte: http://forums.canadiancontent.net/international-politics/98778-analysts-more-libyan-bloodshed-could-6.html
mais fotos AWACS: http://www.airforce-technology.com/projects/e3awacs/e3awacs5.html
Leia também:



Parar a guerra dos E.U.A. contra a Líbia e o Bahrain.

Potências ocidentais de olho no Petróleo da Líbia.

 O Centro de Ação Internacional apela a todos os contrários à guerra e os ativistas da justiça social para uma PARADA em resposta de emergência para PARAR A GUERRA dos E.U.A. contra a Líbia e suas ações em áreas do Bahrein na sexta-feira 18 de março ou no sábado, dia 19, ou para mobilizar apoio para qualquer cidadão contrário a guerra ou manifestações de guerra já existente, para marcar o aniversário da Guerra do Iraque, manifestar com esta declaração e sinais STOP THE WAR Estados Unidos contra a Líbia e Bahrain, bem como para intensificar a mobilização para 09 de abril e 10 manifestações anti-guerra em Nova York e San Francisco convocado pelo Comitê Nacional Antiguerra Unidos.

 Em 17 de março de 2011, Washington mostrou suas verdadeiras intenções, empurrando através de uma resolução do Conselho de Segurança que equivale a uma declaração de guerra ao governo e ao povo da Líbia.

 Um ataque dos E.U.A. é a pior coisa que poderia acontecer ao povo da Líbia. Ele também coloca as revoluções árabes em desdobramento, o que tem inspirado as pessoas através do norte da África e da Ásia Ocidental, a enfrentar um perigo maior.

 A resolução vai além de uma zona de exclusão aérea. Inclui a linguagem dizendo os estados membros da ONU podem "tomar todas as medidas necessárias" ... "Por ataques neutralizando no ar, na terra e no mar, as forças sob o controle do regime de Kadhafi." (CNN.com, Mar 17)

 A nova resolução não só autoriza ataques contra aeronaves líbias e defesa aérea, mas autoriza a metralhar e bombardear de forças terrestres também. Os Estados Unidos e o governo francês anunciaram imediatamente que estavam prontos para ir. A Grã-Bretanha e a Itália estão ajudando. Em essência, as ex-potências coloniais começaram um ataque armado contra o governo da Líbia e o seu povo, apoiando um dos lados de uma guerra civil.

 Não importa como alguém se sente hoje sobre a Líbia e o papel do governo de Kaddafi, independentemente da forma como se avalia a oposição da Líbia, uma guerra liderada pelos Estados Unidos ou intervenção na Líbia é um desastre para o povo líbio, e para a paz e o progresso de todo o mundo .

BAHRAIN expõe a mentira sobre o "prevenir ataques contra civis".

 Os Estados Unidos e seus aliados estão repetindo várias vezes a mentira de que eles estão tentando "impedir ataques contra civis" e estão agindo por motivos humanitários. Mas ninguém deve se deixar enganar. Considere estes "humanitários" e como eles reagem ao Bahrein.

 A Quinta Frota dos Estados Unidos está sediada em Bahrein, que é uma monarquia absoluta. Seu povo tem tentado por semanas bravamente mudar o governo. Eles tiveram algum sucesso inicial. O rei respondeu com repressão mortal e, posteriormente, com sugestões de reforma.

 Em 14 de março, no entanto, horas depois de o Secretário de Defesa Gates, que visitava o Bahrein, o governo do Bahrein começou uma repressão brutal, apoiado por tropas da Arábia Saudita. Helicópteros, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e munição de verdade foram usadas, matando e ferindo muitas pessoas. Quase todas as forças do Bahrein de segurança são mercenários estrangeiros.

 Ao contrário dos rebeldes da Líbia, o povo do Bahrein tem absolutamente nenhuma arma. Mas não houve falar de uma zona de exclusão aérea sobre o Bahrein, muito menos dos ataques mortíferos do Bahrein e do exército da Arábia.

NO SANGUE POR PETRÓLEO.

 Isso ocorre porque a motivação real para os Estados Unidos e seus aliados em ambos Bahrein e Líbia, e de fato toda a região, é para controlar o petróleo! Esse é o principal interesse estratégico de Washington e um interesse financeiro primário para os Estados Unidos, um grande negócio.

 Isto é verdadeiro, mesmo que os Estados Unidos não sejam diretamente dependentes da importação de petróleo da Líbia. O petróleo é uma commodity mundial, e qualquer país que faça importações de petróleo deve lidar com um mercado mundial, não importa de que país ou países se importa o petróleo.

 O mais importante para os Estados Unidos e os europeus é controlar o fluxo do petróleo. A presença militar ou um boneco de confiança na Líbia daria a Washington - e em menor medida aos imperialistas europeus - o controle da torneira de petróleo para a Europa e também estabelecer uma presença militar no Norte da África a partir do qual a influenciariam ou impediriam o desenvolvimento de revoluções, especialmente no Egipto e na Tunísia.

Liga Árabe "VOTE" FRAUDE.

 Não é só uma campanha de demonização contra o líder líbio, mas toda e qualquer forma de fraude e propaganda está sendo usado para empurrar para essa intervenção, incluindo um suposto "voto" da Liga Árabe de apoio à última resolução da ONU. Deixada sem dizer é o fato de que apenas 11 dos 22 membros da Liga ainda participam da reunião, que ocorreu à portas fechadas. Dois dos 11 membros presentes, a Síria e a Argélia, deixaram claro que eles eram totalmente contra a intervenção militar na Líbia.

 Entretanto, a mídia corporativa ignorou uma resolução da União Africana, representanda por 53 países, que teimosamente rejeitou uma zona de exclusão aérea ou outra intervenção.

O que sobre Gaza?

 Os Estados Unidos bloquearam qualquer ação da ONU, embora uma resolução desdentada, durante o bombardeamento massivo de Israel sobre Gaza em 2008 e também durante o bombardeio israelense e tentativa de invasão do Líbano em 2006, bem como o bombardeio de Gaza que continua ainda esta semana!.

 É importante que as pessoas amantes da paz e os progressistas de todo o mundo desenvolvam uma abordagem coerente para opor-se a todas as intervenções dos Estados Unidos. Esta é a única maneira de evitar que as pessoas comuns do mundo se tornem apenas um eco do Departamento de Estado dos Estados Unidos e do Pentágono.

Fonte: Global Research, 19 mar 2011.

Consultar também essa fonte: http://forums.canadiancontent.net/international-politics/98778-analysts-more-libyan-bloodshed-could-6.html

Leia também:
Nobres e criminosas democracias Ocidentais.
As forças internacionais bombardeiam alvos na Líbia.
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